quinta-feira, 26 de março de 2020

Os professores têm SUPER PODERES! A sério!

    Eu já desconfiava mas o COVID-19 veio confirmar: a necessidade aguça o engenho e quando toca ao "desenrasque" os professores fazem milagres ou se for "à moda do Porto": fazem das tripas coração e...orientam, ensinam, apoiam e...a aula acontece ( já dizia Sebastião da Gama). Modéstia à parte: não conheço profissionais mais criativos! E esta hein? Digam o que disserem mas "de um dia para o outro" as escolas reinventaram-se e "apareceu" a Escola do Século XXI, a escola que vem no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, a escola que promove as competências solicitadas pelas empresas...

   Criaram vídeos, classe DOJO, usaram a Escola Virtual, utilizaram as redes socais, enviaram e-mails, criaram-se formulários e, conheço alunos de 2.ºano, que estão TOP a autoavaliar-se através de Google forms!..."Todos" e cada um dos professores com muita dedicação, carinho pelos alunos, "amor à camisola" mantiveram elos de ligação com os alunos, encarregados de educação, lançaram desafios e criaram redes nas quais se desenvolveram além dos aspetos cognitivo, essencialmente, competências emocionais e sociais.

    Claro está que, há "uns" que se fizeram de mortos e tentaram, nestas duas semanas "passar pelos intervalos da chuva" e pouco criaram ( existem, em todas as classes profissionais) é o tal de olhar para o lado e assobiar...pode ser que ninguém repare.  Contudo, a seu ritmo chegarão lá, quando mais não seja quando forem arrastados  e contagiados pelo entusiasmo e empenho daqueles que tentam criar soluções para que se faça escola num cenário tão atípico, inesperado trazido por este monstro com coroa com o qual , politiquices e Mário Nogueira à parte, ninguém contava! Não vale apena acusar o governo de não ter soluções para um problema que simplesmente, não estava "planificado", nem aqui nem...na China!

    Assim seguimos para o final do 2.º período, sem saber, ao certo como e quando começará o 3.º período deste ano letivo que ficará na história. Chego ao final do período mais cansada do que é habitual ( descanso no ritmo, carrego materiais com os desafios constantes...), atolada em trabalho (grelhas e mais grelhas, com duas filhas em Tele Pré-escola e Tele- Creche), menos alegria ( amanhã seria dia de Peddy paper na escola, muitos mimos e docinhos de Páscoa, íamos ter almoço partilhado...), mas com o sentido de missão cumprida: fez-se escola, não há vírus que nos pare pois temos a doença do trabalho. Os sintomas? Desafio constante, não conseguir baixar os braços, gostar muito dos alunos, inventar e (re) inventar-se e gostar do que se faz. Não há cura e fica o alerta: quando se usa como medicação o trabalho colaborativo, é altamente contagiante!

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